Que coisa. Há poucos meses li “O Nome da Rosa” de Umberto Eco. Agora (tentando) ler alguns contos de Jorge Luis Borges: O ALEPH – contos estranhos, eruditos. O grande autor quis escrever para poucos é certo. Quem afinal já encarou Homero e Virgílio? Não muitos ( nem eu!). De todo modo tentamos, com boa vontade, descobrir o mais consagrado dos escritores portenhos e sua afamada literatura fantástica.
Mas não era exatamente desses percalços que gostaria de mencionar, mas apenas uma curiosidade saborosa: a de que o personagem “Jorge de Burgos”,uma das figuras mais marcantes – e sinistras- de “O Nome da Rosa” seria uma homenagem de Umberto Eco a Jorge Luis Borges. Será? Homenagea-lo através da figura de um vilão?
De todo modo, as coincidências são muitas e vão além do prenome: ambos apresentam uma erudição espantosa, foram responsáveis por cuidarem de bibliotecas e perderam gradualmente a visão na velhice. E até a descrição física do personagem assemelha-se à figura real do escritor argentino. Com tantas semelhanças é tentador imaginar que sim, que Umberto Eco inspirou-se em Borges na criação de um dos seus personagens mais famosos. Quem poderia imaginar, ao ler “O Nome da Rosa”, que o escritor argentino estivesse ali?
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