quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013



Engana-se quem pensa que a morte é tão somente o cessar das nossas funções vitais. A morte é o tempo que nos transforma em outro com seu andar. Tenho saudades de quem eu era , das minhas ilusões. Lá eu vivia feliz, como um bobo alegre que faz corte ao rei e a ele se entrega por completo. Ai bufão que eu era: sorridente e tagarela.  Cego  em meus devaneios, na redoma calorosa da bondade e do sonho.  E aquele narcisismo acrítico então...só deixou boas lembranças!  Eu que , não vendo vaidades em mim,  tampouco as via no outro, podendo amá-lo mais sinceramente...
Mas a foice do tempo e da morte me espreitou matando quem eu era. E agora lamentar é como gritar ao vento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário