Soa o trovão estrondoso - escurece - nuvens negras cobrem o céu azul. Um sopro fresco alivia rostos morenos do calor e um vento forte desafia a rigidez das plantas; as estruturas frágeis das casas simples. São prenúncios de chuva na região norte. Ela cai sobre a mata e calçadas, homens e bichos se escondem. A chuva é dadivosa no norte. Seu estribilho acalenta os corações apertados que ali vivem porque sobe da terra um cheiro de terra prazeroso, as ruas esvaziam, silenciam e o ar refresca. A chuva do norte é branca e pacifica - chuva água que intensifica o que é bom e esconde o ruim. Que vontade de ouvir seu burburinho de gota batendo na folha, no galho e no telhado por muito e muito tempo, música boa de se ouvir. A chuva balança o rio e faz com que ele cresça ameaçador sob a ponte, com que avance centímetros assustadores. A criança na janela da casa de madeira olha a chuva desconfiada, os adultos se escondem e vão ver televisão; os adultos se esqueceram de quão impressionante a chuva é. Basta mira-la por alguns segundos para então perceber toda sua beleza.
Não pare chuva de chover, chova mais e conte ao homem a história de sua eterna pequenez; do seu controle ilusório da natureza. A chuva do norte não tem igual, é como um deus poderoso que desce dos céus para se exibir aos homens e lembrá-los de que há algo grandioso no entorno de si.
Não pare chuva de chover, chova mais e conte ao homem a história de sua eterna pequenez; do seu controle ilusório da natureza. A chuva do norte não tem igual, é como um deus poderoso que desce dos céus para se exibir aos homens e lembrá-los de que há algo grandioso no entorno de si.
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