Por muito tempo achei que desejo fossem pernas e bocas e seios. 
Fossem - tão somente - tais chamas, tais desvelos. 
Glamoures do amor intenso. 
Hoje vejo que desejo é um procurar qualquer. Um ensejo. 
Que nos permita levantar da cama quando o despertador toca. 
E que cada diferente desejo é um só desejo: O mesmo. 
E que nenhuma vontade é banal. 
 
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