quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Setembro

 Uma daquelas coisas bobas e simples que mais gosto de fazer é ficar do alto de uma sacada bebericando algo delicioso e ouvindo música enquanto olho São Paulo de cima, especialmente à noite. Olhar sua imensidão de luzes, seus montes de prédios (onde algumas cabecinhas também olham) e o andar frenético dos automóveis, das pessoas, feito formiguinhas, indo, passando, não só me acalma como deleita. Em contraponto à apatia provinciana, a vastidão complexa da capital finaliza suas noites fazendo-nos sempre uma bela promessa: a de um novo dia para o dia seguinte. Esperança e liberdade - é o que a capital fornece. E vontade de ser vário, de ser grande, de ser mais de um em um só. Um não contentar-se, mas contente (desculpe furtar essa de Camões, mas a ocasião merece). De estar para sempre em movimento, a espelho dela. À Paulicéia torno, eu que amar, senão tal desvario, não posso.   

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